segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Los Sebozos Postizos - Sesc ao Vivo Noite do Bem



"Eu quero ver / quando Zumbi chegar / o que vai acontecer", cantava um Jorge Ben ainda distante do Jor em meados dos anos 70. Revolução? Sim, mas a que a Nação Zumbi propôs já foi feita há dez anos. Comparado a Jorge Ben (Jor), seu projeto tem mais a ver com descompromisso e festa. Jorge du Peixe, Lúcio Maia, Dengue, Pupilo e Da Lua, mais da metade da Nação Zumbi, vêm explorando, sob o nome de Los Sebosos Postizos, a lavra das duas primeiras décadas de carreira de Ben Jor em shows já manjados no circuito recifense.
O descompromisso dos Sebosos Postizos é a leveza que geralmente caracteriza os projetos paralelos. "É simplesmente a idéia de levar para o palco o que você gosta de ouvir no dia-a-dia, a idéia de se divertir nas brechas da Nação Zumbi", afirma Du Peixe, vocalista nos dois grupos. "Era algo comum na banda ouvir Jorge Ben, e começamos a tirar os clássicos dele, sem pretensão de rearranjar ou tentar atualizar."
Já o esquisito nome do projeto não surgiu influenciado por "África Brasil" ou "Samba Esquema Novo". Los Sebosos Postizos remete a um conjunto de referências: "Boogie, o Seboso", quadrinhos do argentino Roberto Fontanarrosa; o guitarrista avant-garde de Nova York Marc Ribot, que se aventurou no afrocuban-soul com o grupo Los Cubanos Postizos; e a gíria recifense "seboso", que significa "um cara sem escrúpulos, no extremo da marginalidade. Alma sebosa é um cara que não vale nada", explica Du Peixe. "Mas, no caso, não somos sebosos, somos postiços", brinca.
Embora Jorge Ben Jor domine o repertório do show, ainda há homenagens ao jamaican soul de Horace Andy e à sacana "Je T'Aime... Moi Non Plus", do francês Serge Gainsbourg, que não deixa de remeter ao nome do projeto. (© Folha de S. Paulo).
ESSE SOM É PRA VOCÊ MEU AMIGO CARMELINO, VULGO FOCA. HUHUHUHUUA.

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