Entre na comunidade rock na véia
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terça-feira, 6 de abril de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
Rock na Véia 08/05 em Barretos!!!
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quarta-feira, 17 de março de 2010
Barretos Motor Cycles 30/04 a 02/05
Venham para o maior encontro de Motoclubes e Motogrupos do Brasil.
Conforme mapa abaixo, tenho uma chácara para Alugar para quem vier no Barretos Motor Cycles. Com piscina (8,5x4,5x1,4mts), acomodação para mais de 10 pessoas, geladeira, freezer, fogão e forno à lenha.
Para quem não tem condições de alugar, reservei um amplo local para camping, que para os motoclubes que vierem nesse evento, teremos esse espaço reservado gratuitamente.
Contatos 17-8805-6155
Valeu, Abraços galera!!!
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 10 de abril de 2008
ROQUENROU BENEFICIENTE!!!!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Banda Independente de Barretos-SP - COICE!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Devido às férias de dezembro e janeiro, devido ao carnaval, não tive tempo pra fazer novas atualizações e novos posts no blog.
Agradeço a visita de todos, e espero que continuem sempre fazendo seus pedidos e me indicando posts com problemas.
Logo logo retornarei, cheio de novos posts e exclusividades pra galera!!!
Um grande abraço à todos os amantes da boa música!
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Sapotone & The Love Rockers (2005)
No seu primeiro disco, Sapotone faz uma mistura de reggae, funk, rock , samba, jazz, com seu grupo Love Rockers e participações de vários músicos e produtores: Gustavo Lenza, Daniel Ganjaman, Curumin, Max B.O., Rodrigo Brandão, Tuca Camargo, Quincas Moreira, Alexandre Basa, entre outros.
Parece um pouco com o Skank a princípio, só que um pouco mais requintado e letras bem humoradas e melhor acabadas. Um disco legal... Galera bacana fazendo o som pop com qualidade. Aproveitem.
Curumim - Achados e Perdidos (2004)
Tem mais gente, além de D2, mostrando que o samba tem muito o que oferecer na construção de um novo pop brasileiro sofisticado. Dois dos artistas, por sinal, vêm de São Paulo, tido como o "túmulo" do gênero. O grupo Numismata usa a instrumentação de banda de rock para recriar o samba - canção nesse Brazilian on the Moon. Há letras ótimas, como a de "Indulgente"("ah, em matéria de dor eu sou mais eu!), e as músicas às vezes resvalam para o blues (como na versão de "Mal Secreto", de Jards Macalé e Waly Salomão, com vocais do própio Macalé) e o pop setentista ("Atômico Platônico", "Paciência"). Já o cantor, compositor e multinstrumentista Curumin prefere abordar a linguagem do samba - rock, formatada por Jorge Ben, nesse seu Achados e Perdidos. O violão suingado do mestre ressuscita em muitas das músicas, mas a cobertura instrumental é toda moderna, misturando tudo, como convém: todas as eletrônicas, hip hop, cavaquinho, baixo de teclado analógico, piano Fender Rhodes, o diabo. Curumin tem talento como compositor. E a mãozinha de alguns amigos ilustres - Instituto, Arnaldo Antunes, Trio Mocotó - só ajudou ainda mais esse disco a ficar irresistível.
Eta Carinae - Mirando a Estrela (2006)
Esse é o nome do novo projeto musical que vem florescendo na cena pernambucana.
Eta Carinae é o nome do novo projeto do musico e produtor cultural Dirceu Melo, que participou ativamente do movimento mangue como o fundador, compositor, cantor e guitarrista da banda Jorge Cabeleira e o dia em que seremos todos inúteis, banda que foi uma das primeiras do movimento mangue a se projetar nacionalmentee com a qual lançou dois discos, teve um grande sucesso de execução nas rádios de todo o pais – uma versão de Carolina, de Luis Gonzaga - e que levou a banda a excursionar e fortalecer o movimento por todos os estados.
Com o fim da banda, o artista foi impelido a se renovar musicalmente. A Eta Carinae é o resultado dessa renovação. Junto aos parceiros André Oliveira (Teclado, programações de ritmos e trompete), Kennedy Costa (baixo), Fabio Xucurús (bateria) e Karina Falcão (vocais e percussão), a banda aposta num perfeito casamento entre as batidas eletrônicas e o elemento orgânico, incluindo aí harmonias regionais(como o baião e xote), climas de Dub , levadas de samba e os elementos percussivos. A proposta é de soar universal, mas com aquele toque de regionalidade, o que atualiza e valoriza para toda uma nova geração os nossos ritmos tradicionais, nordestinos e brasileiros.Por soar universal , o grupo procurou um nome que significasse o mesmo tanto aqui no Brasil como em qualquer outro lugar do mundo : Eta Carinae , que é o nome da estrela de maior brilho em nossa galáxia
Ayo - Joyfull (2006)
Ayo, a nova garota da música pop contemporânea. Uma mistura de folk, soul e dub. Ayo é alemã, mas se mudou pra Nigéria logo criança, mais tarde Londres, Paris, Nova Iorque e agora para o mundo. Com sua forma tímida e suave de sonorizar suas canções, Ayo é a mais nova queridinha dos amantes da boa música, nada de mais, apenas um som gostoso de ouvir. Mesmo assim vale apena sacar o som dessa moça, filha de nigeriano e romena que ouvia Bob Marley, Pink Floyd, Soul Children e Féla Kut! Eu voltei para a Céu!
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
David Gilmour - Remember That Night - Live at the Royal Albert Hall (2007)
1. Speak To Me (1:09) (Mason)
2. Breath (In The Air) (2:50) (Waters/Gilmour/Wright)
3. Time (5:14) (Waters/Mason/Gilmour/Wright)
4. Breath (In The Air) /reprise/ (1:09) (Waters/Gilmour/Wright)
5. Castellorizon (4:38) (Gilmour)
6. On An Island (7:36) - featuring CROSBY & NASH (Gilmour/Samson)
7. The Blue (6:06) - featuring CROSBY & NASH (Gilmour/Samson)
8. Red Sky At Night (3:11) (Gilmour)
9. This Heaven (4:15) (Gilmour/Samson)
10. Then I Close My Eyes (9:46) - featuring ROBERT WYATT (Gilmour)
11. Smile (4:19) (Gilmour/Samson)
12. Take A Breath (6:08) (Gilmour/Samson)
13. A Pocketful Of Stones (6:03) (Gilmour/Samson)
14. Where We Start (7:59) (Gilmour)
15. Shine On Your Crazy Diamonds (11:11) - featuring CROSBY & NASH (Waters/Gilmour/Wright)
16. Fat Old Sun (6:21) (Gilmour)
17. Coming Back To Life (6:40) (Gilmour)
18. High Hopes (9:18) (Gilmour/Samson)
19. Echoes (22:18) (Waters/Gilmour/Wright/Mason)
20. Wish You Were Here (5:26) (Gilmour/Waters)
21. Find The Cost Of Freedom (2:02) - featuring CROSBY & NASH (Crosby/Stills/Nash/Young)22. Arnold Layne (4:11) - featuring DAVID BOWIE (Barrett)
23. Comfortably Numb (9:38) - featuring DAVID BOWIE (Gilmour/Waters)
Banda:
DAVID GILMOUR - Lead & Backing Vocals, Electric, Acoustic, Classical on "High Hopes" & Lap Steel Guitars, Cümbüs on "Then I Close My Eyes", Alto Saxophone on "Red Sky At Night"
RICHARD WRIGHT - Keyboards & Vocals
PHIL MANZANERA - Guitar & Vocals
JON CARIRI - Keyboards, Lap Steel Guitar, Programming & Vocals
GUY PRATT - Bass Guitar & Vocals
STEVE DiSTANISLAO - Drums & Vocals
DICK PARRY - Saxophone & Keyboards
Participações Especiais: DAVID CROSBY, GRAHAM NASH, DAVID BOWIE, ROBERT WYATT.
Senha/Password: lagrimapsicodelica
Créditos: Lágrima Psicodélica
Bloodline - 1994
Correção: Esse post foi todo feito pelo Gravetos & Berlotas, texto, imagem e link, postado no mesmo blog, e posteriormente postado no Lágrima Psicodélica, depois postei aqui no Toissoblog....pra variar.
Vai ae então um grande abraço para o mano Graveto.
Essa é uma preciosidade para quem, como eu, admira o trabalho de Joe Bonamassa. Para quem ainda não o conhece, vale a pena saber um pouco da história do cara, pois é muito interessante: Joe começou a tocar muito cedo pois seu pai era revendedor de guitarras e, segundo o próprio, "guitarras eram como cadeiras e mesas, tinham várias por toda a casa"- que sorte do moleque!!!!. Aos 12 anos, B.B. King foi apresentar-se em sua cidade e, como a prodigiosidade de Joe já era muito conhecida, foi convocado pelos organizadores a abrir o show do mestre. De seu camarim, B.B. King ouviu o som que vinha do palco e decidiu conferir quem estava tocando, tendo a grata surpresa de ver um moleque menor que seu próprio instrumento 'estraçalhando' no blues. Naquela noite ainda fizeram uma jam ao final do set do 'rei'. Após um batismo de fogo como este, sua carreira não parou mais. Em 1993, aos 13 ANOS!!!!, Smokin' Joe foi procurado por Barry Oakley Jr (baixo, filho do lendário baixista do The Allman Bros.) para formar uma banda com Waylon Krieger (vocal, filho de Robbie Krieger-The Doors) e Erin Davis (bateria, filho de Miles Davis) à qual, muito a propósito, deram o nome de BLOODLINE (algo como 'linhagem sanguínea'). E é justamente este único cd, lançado em 94, que disponibilizo aqui. É impressionante o que este bando de adolescentes talentosos conseguiu fazer. O disco é hard rock, com todos os dedos dos pés fincados no blues, extremamente bem executado e com composições e arranjos de gente grande. Pena ter durado tão pouco, deixando um tremendo gosto de que muito sangue ainda podia correr por aquelas nobres veias. Mas, aí, começa uma outra história.Ah 1...e ainda por cima um dos produtores, embora não creditado, se chama WARREN HAYNES (The Allman Bros, Gov't Mule), simplesmente um dos melhores slide guitars da atualidade.Ah 2...ele também dá umas canjas no disco.
Download aqui ---> Créditos: Lágrima Psicodélica
Arranco de Varsóvia - Quem é de Sambar (1996)
A idéia do Arranco de Varsóvia me surgiu numa insônia no Japão quando lá estive em 92. Nessa noite ansiosa me dei conta que tinha que voltar a fazer uma coisa vocal mais centrada. Constatei que no Céu da Boca dos anos oitenta me dei bem nos sambas.
primeiro que procurei foi o meu irmão ipanemense Muri Costa que tinha praticamente a mesma formação que eu, além de conhecer mais sambas. Idas e vindas até que Eveline Hecker, Soraya Ravenle e Rita de Cássia (antes Peixoto) formaram o primeiro caju. Danilo Caymmi, sem saber, batizou. O primeiro samba que arranjei pro Arranco foi o Quem me vê sorrindo do Cartola. Muri já engendrou o Quem é de sambar de Sombrinha e Marquinhos PQD e quando tínhamos uns dez arranjos prontos mostramos pra Beth Carvalho, que se emocionou e virou madrinha.
Daí pro primeiro CD em 97 foi uma montoeira de apresentações no Rio, até Fernando Morello e Guilherme Reis comprarem nossa briga em seu estúdio Discover. Chamamos o Paulo Brandão, produtor caprichoso, e produzimos o Quem é de sambar, nosso primeirão lançado pela Dubas do Ronaldo Bastos.
Logo no ano seguinte fomos convidados por Henrique Cazes para uma homenagem ao Cartola no CCBB. Já cantávamos duas do mestre, juntamos mais ao repertório e ficou muito supimpa. Ronaldo assistiu e encomendou o Samba de Cartola, nosso 2o CD, dedicado à obra do Angenor da Mangueira e gravamos e mixamos em tempo recorde . Esse foi produzido por Muri, Armando Telles e eu.
Soraya foi-se em carreira solo e o Arranco mudou durante um tempo. Fizemos bons projetos com Jurema de Candia mas não conseguimos gravar.
O terceiro CD só chegou em 2005, depois que Muri, Miguel Bacellar e eu promovemos uma nova tríade feminina no grupo. Eis que Andréa Dutra, Cacala Carvalho e Elisa Queirós ingressam em 2001 e nos dão vida nova. Fizemos nossa festa de samba e música e piada e uma risada carioca que não tem preço. Montamos um repertório nos moldes do primeiro CD (sambas de mil vertentes), e com Marcelo Costa e Fernando Morello na produção demos o nosso parecer musical com muito gosto e prazer. Até ganhamos o prêmio TIM de Melhor Grupo de Samba em 2006. Ficou um registro muito atualizado de uma onda do samba no Rio. Rio onde o Arranco tem uma contribuição muito especial e se orgulha disso.
Paulinho Malaguti (Pauleira)
Los Sebozos Postizos - Sesc ao Vivo Noite do Bem
"Eu quero ver / quando Zumbi chegar / o que vai acontecer", cantava um Jorge Ben ainda distante do Jor em meados dos anos 70. Revolução? Sim, mas a que a Nação Zumbi propôs já foi feita há dez anos. Comparado a Jorge Ben (Jor), seu projeto tem mais a ver com descompromisso e festa. Jorge du Peixe, Lúcio Maia, Dengue, Pupilo e Da Lua, mais da metade da Nação Zumbi, vêm explorando, sob o nome de Los Sebosos Postizos, a lavra das duas primeiras décadas de carreira de Ben Jor em shows já manjados no circuito recifense.
O descompromisso dos Sebosos Postizos é a leveza que geralmente caracteriza os projetos paralelos. "É simplesmente a idéia de levar para o palco o que você gosta de ouvir no dia-a-dia, a idéia de se divertir nas brechas da Nação Zumbi", afirma Du Peixe, vocalista nos dois grupos. "Era algo comum na banda ouvir Jorge Ben, e começamos a tirar os clássicos dele, sem pretensão de rearranjar ou tentar atualizar."
Já o esquisito nome do projeto não surgiu influenciado por "África Brasil" ou "Samba Esquema Novo". Los Sebosos Postizos remete a um conjunto de referências: "Boogie, o Seboso", quadrinhos do argentino Roberto Fontanarrosa; o guitarrista avant-garde de Nova York Marc Ribot, que se aventurou no afrocuban-soul com o grupo Los Cubanos Postizos; e a gíria recifense "seboso", que significa "um cara sem escrúpulos, no extremo da marginalidade. Alma sebosa é um cara que não vale nada", explica Du Peixe. "Mas, no caso, não somos sebosos, somos postiços", brinca.
Embora Jorge Ben Jor domine o repertório do show, ainda há homenagens ao jamaican soul de Horace Andy e à sacana "Je T'Aime... Moi Non Plus", do francês Serge Gainsbourg, que não deixa de remeter ao nome do projeto. (© Folha de S. Paulo).
ESSE SOM É PRA VOCÊ MEU AMIGO CARMELINO, VULGO FOCA. HUHUHUHUUA.
Chocalhos e Badalos - A Cara do Cara (2004) Demo
Chocalhos e Badalos: um mosaico musical
Em setembro de 2002, alguns amigos se reuniram com a idéia de criar uma música plural, que possibilitasse, através de uma linguagem artística própria, traduzir o universo musical compartilhado por todos. Depois de algum tempo de pesquisas e experimentações chegaram à formação atual: Juliano Muta (voz e violão), Filipe BB (voz, rabeca, guitarra, violão e percussão), Leonardo Vila Nova (percussão), Guilherme Almeida (cavaquinho e percussão), Deco Nascimento (baixo), Aluísio Júnior (flauta e pífano) e Thiago Suruagy (bateria e percussão). Da reunião desses 7 músicos, surge a identificação com um nome: Chocalhos e Badalos.
O nome Chocalhos e Badalos nasceu no ano de 2000, do projeto musical concebido pelo paranaense, de alma nordestina, Anderson Loof (parceiro de Juliano Muta em parte das composições que integram o repertório da banda). Remete ao casamento simbólico entre Chico Buarque e Clara Nunes (vide Morena de Angola, música de Chico cantada por Clara). O “chocalho da canela” da angolana (influência afro) e dos pajés tribais; o badalo dos sinos das procissões sertanejas, bem como a referência aos caboclos de lança do maracatu rural, compõem a mística em torno desse nome, que nos revela a dualidade entre o sagrado e o profano.
A proposta é fazer um som universal, unindo o caos da metrópole e a mística interiorana, vislumbrando a profundidade das raízes brasileiras aliadas à urbanidade cosmopolita. Unindo guetos e sertões, por assim dizer. Não há um estilo rítmico predeterminado.
A partir do encontro desses músicos somam-se as influências de estilos musicais dos mais variados, que vão desde o samba, o boi-do-maranhão, o maracatu, o afoxé, o cavalo-marinho, o coco de roda, a embolada e o candomblé até a forte presença do funk e do soul, do jazz, do rock e do drum´n´bass, dos ritmos latinos, entre outros. A partir daí, inicia-se uma série de apresentações. E, depois de um período de amadurecimento e enriquecimento sonoro, a banda apresenta-se ao grande público na 3.ª Bienal da UNE, realizada no Centro de Convenções de Pernambuco, no dia 13 de fevereiro de 2003, dividindo o palco com o cantor Alceu Valença. Meses depois, entre diversas apresentações, participou do XIII FIG (Festival de Inverno de Garanhuns), em apresentação no Parque Euclides Dourado, juntamente com a banda paraibana Cabruêra, no dia 13 de julho do mesmo ano.
Chocalhos e Badalos representa mesmo essa mutação sonora, miscelânea de ritmos. Cada integrante é, com a sua influência, pilar indispensável para a construção desse verdadeiro mosaico musical.
Downloads musica a musica.
China - Um Só (2004)
Vocalista do Sheik Tosado estréia sua carreira solo fonográfica dando vários passos à frente. No EP Um Só, China promove o encontro entre a MPB e o experimentalismo. Junta guitarras pesadas,theremin, sons psicodélicos, pianos Fender Rhodes, teclados dub, new bossas, sambas lisérgicos e muitos efeitos. Não nega a herança do passado manguebit, mas olha para a frente ao propor uma criativa mistura de música brasileira.
Lucas Santanna e Seleção Natural - 3 Sessions in a White Greenhouse (2006)
O título do disco é auto-explicativo: “3 sessions in a greenhouse” (Diginóis) foi gravado em apenas três sessões, ao vivo. A idéia era capturar o clima dos shows, com qualidade de estúdio. Já a greenhouse, bom, você pode imaginar.
Para isso, Lucas Santtana e Seleção Natural ocuparam uma grande sala no estúdio AR, no Rio, e gravaram na reta, como se fala no meio musical. Todos tocando juntos, como num show. Vale a melhor tomada coletiva. Sem regravação, sem overdubs, sem retoques.
A linha de baixo acachapante e a metaleira matadora da instrumental “Awô dub”, que abre o disco, entrega de cara o elemento unificador do disco: o dub. Lucas Santtana é admirador da vertente alucinada do reggae há muito tempo.
Não por acaso, mantém, junto com o inglês David Cole, um sound system nos moldes jamaicanos. O Sensorial Sistema de Som costuma se apresentar nas praias do Rio, com David nos toca-discos e Lucas no MP3.
Isso não significa que Lucas Santtana tenha fugido do seu estilo próprio e que “3 sessions in a greenhouse” tenha uma pegada reggae – não mesmo. O dub aqui é utilizado como ferramenta, não como um estilo. É um modo de produção.
Em todas as faixas o baixo e a bateria estão na frente, os efeitos desnorteiam e te mandam para lugares distantes. No entanto, a idéia não é simplesmente emular os mestres do dub dos anos 70, mas sim adaptar os experimentos jamaicanos à música atual, utilizando o estúdio como um instrumento, independente do gênero musical.
A inédita “Tijolo a tijolo, dinheiro a dinheiro” (que vinha aparecendo nos shows e agora, finalmente, foi gravada), segunda faixa do disco, ilustra bem isso. O cavaquinho ecoa, a voz reverbera, o baixo pulsa, mas só um louco categorizaria a música como reggae. Aliás, classificar “3 sessions in a greenhouse” de qualquer coisa é complicado. E essa é a graça do disco.
“Só baixo se for de graça”, diz Lucas na letra da mesma música. O comentário não é gratuito. Lançando o disco por seu próprio selo, o agora digital Diginóis (.com.br), Lucas está ligado no cenário atual da indústria musical. O Diginóis é o novo saite oficial de Lucas Santtana, onde ele passa a manter um blogue.
Pra começar, “3 sessions in a greenhouse” foi realizado com dinheiro captado através de um edital cultural da Petrobrás feito inteiramente online, sem uma folha de papel impressa. Agora, pronto, todas as músicas poderão ser baixadas, gratuitamente, no saite do selo. O disco será vendido fisicamente apenas nos shows.
Tanto as músicas da maneira que foram concebidas, como também as faixas abertas, estão ao alcance de quem se interessar. No dorso da capa lê-se: “Letras, faixas abertas, novas mixes. Participe da evolução desse trabalho”. O lance é coletivo.
A mixagem de Buguinha Dub (técnico de PA da Nação Zumbi, que também mixou metade de “E o método tudo de experiências”, do Cidadão Instigado, e produziu “3 sessions...” junto com Lucas) é essencial, amarrando os muitos instrumentos e efeitos de maneira eficaz.
O entrosamento com a Seleção Natural – formada por Gil (bateria), David Cole (efeitos), Ricardinho (baixo), Leandro Joaquim (trompete e fluguelhorn), Maurício Zacharias (trombone), Bruno Levi (guitarra) e pelos percussionistas do Trio Onilu (Leo Leobons, João Gabriel e Leo Saad) – foi imprescindível para o bom resultado final.
Durante a gravação, o ambiente estava tão solto que é possível ouvir os comentários e avaliações dos músicos entre uma faixa e outra. As três sessões foram registradas, com cinco câmeras de vídeo, por Luis Baiia e Pedro Amorim e devem ser reunidas em um DVD em breve.
Não faltaram convidados. Tom Zé participa da regravação samba dub da sua “Ogodô ano 2000” e Gilmar Bola 8 canta em “Pela orla dos velhos tempos”, da sua banda, Nação Zumbi, aqui em versão funk (com direito a sample do sample de “Feira de Acari”, do DJ Marlboro).
Inspirado na batida de “Colonial mentality”, de Fela Kuti, a afrobeat “A natureza espera”, feita com Wado, conta com as participações de Marcos Lobato (do Afrika Gumbe) tocando Rhodes, do ator João Miguel (do filme “Cinema, aspirinas e urubus”) e da jornalista americana Phylis Huber, lendo um trecho de “The waves”, de Virginia Woolf, descrevendo um nascer do sol pra lá de psicodélico. A balada “Into shade” é parceria com Arto Lindsay.
“Deixe o sol bater” (do primeiro disco, “Eletro Bem Dodô”) surge em versão instrumental e os parênteses dizendo dubversão de “Lycra-limão” (do segundo disco, “Parada de Lucas”) dispensa maiores explicações. Fechando o disco, “Faixa amarela”, clássico do repertório de Zeca Pagodinho, vai a Kingston e não volta mais.
“3 sessions in a greenhouse”, coincidentemente o terceiro disco da carreira de Lucas Santtana, evoca a tradição jamaicana dos riddims, em que uma canção está sempre viva e pronta para ser manipulada novamente.
Regravações e inéditas se confundem no tempo e no espaço. Cabe a cada ouvinte escolher a sua viagem e fazer sua própria seleção natural.
Silvério Pessoa - Cabeça Elétrica, Coração Acústico (2005)
Na partitura da música pernambucana faltava uma nota: Silvério Pessoa, o galego inquieto de Carpina que ganhou o mundo para mostrar as faces poliédricas dos ritmos nordestinos (forró, baião, xote, coco e ciranda) e ser o ponto de interseção entre as várias linguagens que fervem no caldeirão sonoro que um dia entrou em nova ebulição, com uma força vulcânica da bobônica - a explosão do movimento mangue.
Silvério é o elo entre gerações, cirandeiro que estende as mãos para fechar a roda, no movimento das ondas do mar que leva e traz tradição e modernidade musical banhadas pelas águas do rock’n’roll. Mesmo com uma sonoridade própria e distinta das bandas seminais do movimento, Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, e de outras que despontaram naquele momento, tão díspares quanto Otto, Devotos, Faces do Subúrbio, Eddie, Jorge Cabeleira, Bonsucesso Samba Clube e Mestre Ambrósio, para citar algumas, é Silvério este elo que faltava para unir o outro lado da corrente, onde estão Lenine, Antônio Nóbrega e Alceu Valença. Sua inquietação o aproxima também dos não menos inquietos China, Mombojó e o maestro Spok.
É um Silvério de corpo e alma musical que se revela íntegro no DVD Cabeça elétrica, coração acústico, gravado de uma lapada só no Teatro de Santa Isabel, em novembro de 2005, com uma banda azeitada, experimentada de tantas andanças pelo Brasil, pela Europa e até a Ásia, num movimento migratório de trocas de influências múltiplas – o sentido maior do projeto do disco. O mundo de Silvério também é cibernético. O coração acústico pulsa ao som de percussão (Luís Carlos), sanfona e escaleta (André Julião). Pulsa na batida da bateria e da zabumba (Wilson Farias). Pulsa na vibração das cordas do baixo (Israel Silva), do violão e da viola de 10 (Renato Bandeira), da guitarra, do cavaquinho e da viola de 12 (Yuri Queiroga), enquanto a cabeça elétrica de Silvério viaja siderada, comandando efeitos de vocais via Air FX e programações eletrônicas pré-gravadas. Durante a apresentação do show, as projeções de Yellow e Moacir, do Re:combo, pontuam, acentuam, comentam, contrastam com a poética das letras de Silvério.
O DVD abre com imagens de rebanho de cabras, que imediatamente remete ao Brasil rural a que se refere o armorial Ariano Suassuna. É lá onde reside a tradição, citada nas vinhetas de abertura Coco-rojão-brasileirão, com Zé Vicente da Paraíba; Mourão voltado, com Zé Vicente e Passarinho do Norte. Mas Silvério não é um ortodoxo. Muito pelo contrário. Por isso ele faz mixagem da tradição com o futurismo de Os bodes do espaço. “É tudo misturado mesmo”, como diz Seu Mané da Granja, onde Silvério gravou o berrar dos bodes. E depois no canto da farinhada das mulheres de Porto Real do Colégio (Alagoas). Vêem-se imagens do Recife – apontando para o urbano. Mesclam-se cenas de praias, idílicas, paradisíacas. O velho e o novo, o moderno e o antigo. Nada mais pernambucano.
O roteiro do show não segue ao pé da risca o CD Cabeça elétrica, coração acústico, mas a linha que o costura está bem cerzida. E a inclusão de Seu Antônio (Pra Gilberto Gil) logo no início estabelece os princípios estéticos do trabalho do galego. É um xote moderno, com programação, sanfona, zabumba e viola de 10 e o naipe de A Trombonada de Nilsinho Amarante (que cortina musical da gota, rapaz!). É para o camarada pegar a companheira e sair dançando. E o vocalize de Silvério imediatamente remete a Alceu Valença. Bela homenagem. Aliás, foi em um show no Teatro Santa Isabel, de Alceu Valença, que voltava da Europa, que a ficha caiu para Silvério. E eis que o homem estava lá, expressivo, suando, sorridente, gravando o seu primeiro DVD.
Cipó de goiabeira vem logo em seguida, nos leva direto às brincadeiras de infância no quintal de casa ou no meio da rua. A sonoridade agreste da viola de 10 ponteia a canção. A festança segue com as crônicas rurais-urbanas. Em Sambada e massapé, Silvério volta a falar de cana-de-açúcar, os velhos engenhos, e também da casa de farinha, do plantio da mandioca e, seu lado perverso, o trabalho infantil que não deixa o menino estudar. É um forró gostoso. As cenas mesclam casa de farinha, corrida no canavial, treminhão levando cana para a usina.
Nas águas do mar é uma bela ciranda de Silvério. Lenine, que fez participação especial no disco, ficaria orgulhoso de ter composto a música. Sensibilidade à flor da pele. É canto de oferenda e comunhão. Até parece que Silvério e sua comitiva adentrou o mar para desembarcar na Europa, pois logo em seguida estamos em Paris, frenética, diante da Torre Eiffel (que ele compara com a chaminé da Fábrica Tacaruna). São os retirantes musicais em escala migratória. Temos cena do Mercado de Pigalle, a banda passeando pela Bastilha e tocando no Festival de La Rochele. É nestas horas, diante do público estrangeiro extasiado que dá vontade de encher os pulmões para cantar: “Sou de Pernambuco sou/ Das brenhas do interior/ Estou por aqui, estou pra ser cantados/ Sou de Pernambuco sou/ Dos cafundó do mundo/ Estou por aqui estou/ Sou trabalhador”, como Silvério faz em Nas terras da gente, um forró tradicional que se torna psicodélico.
Silvério nunca escondeu suas influências. Muito pelo contrário, faz questão de reverenciá-las. E a homenagem é feita na transição da primeira para a segunda parte do show, quando ele canta um pot-pourri de “três gênios do forró”, como assinala o crítico e pesquisador José Teles – Rosil Cavalcanti (Lei da compensação), Luiz “Boquinha” de França (É o Cosme e Damião) e Jacinto Silva (Carreiro Novo).
E a viagem da ave música migratória nordestina regional e cibernética prossegue em Eu vi a máquina voadora, com vinheta de abertura de Viajando no espaço, do repentista aloprado Zé Vicente da Paraíba. A letra de Bráulio Tavares e Silvério é um primor de poesia nordestina ponteada pela viola.
A poesia lírica de Silvério revela intensidade em Disposto a tudo e Poesia urbana. É celebração da vida e do amor. Ele é capaz até de fazer chover e dominar planetas para realizar esse desejo, num forrozinho gostoso que desemboca em rock, em Disposto a tudo. Já em Poesia urbana, tome xote, bem marcado, no melhor estilo.Silvério evoca o início da carreira e a parceira com o Cascabulho, em Vendedor de amendoim, que ganhou um novo arranjo, e Coco de chegada (parceria com Herbert Lucena), nas qual entram trechos incidentais de A mulher de Mané Amaro (Déo do Bião) e Poeira no terreiro (parceria com o casca Kleber Magrão), indo da capoeira ao samba.
É chegada a hora da preparação do grand finale. Em off, Luiz Carlos Vasconcelos lê o texto-vinheta de na Boléia da Toyota, o forrock cinematográfico agalopado de Silvério Pessoa. A platéia é convidada a dançar e o galego se despede com os músicos em Coco do M, de Jacinto Silva, devidamente remixado pelo Digital Groove como convém.Chegamos assim, ao fim da viagem da ave música migratória nordestina regional e cibernética e nem sentimos qualquer falta da participação especial dos convidados que gravaram o disco – Lula Queiroga, Lenine, Alceu Valença, Dominguinhos, Genaro e Fabio Trummer, envolvido que estamos desde o início com o roteiro traçado pelo próprio Silvério e pela direção do show de Lula Queiroga e Eric Laurence, com edição instigante de Jeanine Brandão e Natara Ney.
De quebra, nos extras, Silvério nos leva a suas turnês internacionais, onde mostra a alegria de conviver com os músicos e a equipe de viagem, o momento iluminado que está passando e o profissionalismo com o qual foi montado o show, que mostra, em alto e bom som, Pernambuco cantando para o mundo. Ave, saravá, amém.
Fernanda Takai - Onde Brilhem os Seus Olhos (2007)
Com produção de Nelson Motta, o CD "Onde brilhem os olhos seus" onde Fernanda Takai homenageia Nara Leão, renova e reinventa grandes canções de mestres como Chico Buarque, Zé Kéti, Roberto e Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Ernesto Nazareth e Nelson Cavaquinho, com beats, loops, grooves, timbres, solos e arranjos do terceiro milênio. A graça e o bom gosto, a elegância e a discrição - além de um look meio oriental – unem a delicadeza e a inteligência da música de Nara Leão e Fernanda Takai..
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Bob Marley - Chant Down Babylon (1999)
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